Passagem aérea + extras! As empresas estão exagerando na dose!

27/02/2018

Viajar de avião no Brasil está exigindo um auto-controle muito grande para não explodir de raiva!

Quando você vai ao shopping e compra um par de tênis, já notou que a palmilha e o cadarço vem junto? Afinal, fazem parte do produto vendido!

Quando você se hospeda em um hotel, já notou que o cobertor e o travesseiro estão lá a disposição no seu quarto? E que o chuveiro tem um dispositivo que solta água para que você possa tomar banho? Afinal, fazem parte do produto comercializado, certo?

Agora imagine você indo à loja para adquirir aquele seu par de tênis e o vendedor lhe informa o preço do produto (tênis), e outro preço, a parte, caso você queira levar também o cadarço e a palmilha!

Ou então você chega ao hotel, faz o check-in e o recepcionista lhe pergunta se deseja que cobertor e travesseiro estejam a disposição no seu quarto, pagando um adicional! Deseja tomar banho? Oferecemos água no chuveiro, mas com uma pequena taxa adicional!

Você, obviamente, ficaria indignado, certo?

Pois saiba que algo muito parecido está acontecendo nos céus do Brasil!

Quer cadarço? Pague a parte! Já pensou?

As empresas aéreas nacionais vendem um produto (viagem aérea), mas passaram a cobrar a parte por uma série de serviços que sempre fizeram parte deste produto -o "pacote" passagem aérea.

Quer despachar bagagem? Paga extra! Oi????

Quer reservas seu assento no avião com antecedência? Pague extra!

Quer comer um mísero lanchinho durante o voo? Beber algo que não seja água? Pague a bordo no serviço "Buy-On-Board" ( clique aqui e leia artigo que escrevi a este respeito). 

E aqui vai uma menção honrosa à Avianca e à Azul, que ainda oferecem algo durante seus voos, sem custos adicionais. Nada, porém, comparável ao que era servido anos atrás. 

Cobrar pelo despacho da bagagem barateia a tarifa? Oi? 

Quer reservar seu assento antes? Só pagando!

O lanchinho agora também é vendido...onde vamos parar???

E qual será a próxima cobrança, alguém é capaz de adivinhar? 

De repente pode ser a cobrança por utilização do banheiro a bordo....olha aí empresas, que boa ideia! Ou que tal cobrar pelo espaço dos bagageiros? Cobrem pelo direito à utilização do braço da poltrona! Cobrem couvert artístico dos comissários pelos anúncios feitos...

A ANAC, que deveria fiscalizar e regulamentar o setor, aparentemente desconhece o Código de Defesa do Consumidor e fecha os olhos para esta nova prática. E as empresas, com a esfarrapada desculpa de que isso vai possibilitar a criação de tarifas mais baixas, estão arrecadando aos montes. Se você caiu nessa historinha e acredita realmente que os valores vão cair, espere sentado. Não vão!

Para jogar par a torcida, é até capaz que as empresas lancem esporadicamente alguma super oferta e digam que sua viabilidade só foi possível em virtude dos extras que vêm cobrando.

Balela!

Serão apenas alguns pouquíssimos assentos no avião a disposição para essas tarifas e não, não foi a taxa extra dos outros passageiros que permitiu essa queda nos valores.

Quando estiver comprando sua passagem aérea na Internet, por exemplo,
tenha em mente que o valor apresentado será acrescido
de diversos extras até o final da operação.

Já trabalhei no ramo, fui de empresa aérea. Sei bem como é difícil lutar para sobreviver em um ramo tão ingrato (financeiramente falando) como a aviação. E ainda por cima em um país como o nosso, com impostos astronômicos, negociatas, politicagens e crises financeiras.

Não, não é fácil ser lucrativo nesses céus!

Mas as empresas aéreas nacionais estão exagerando na dose, não acham?

OBS: para não cometer injustiças, vale destacar que esta prática não é restrita às empresas aéreas brasileiras. A moda começou no exterior e hoje atinge empresas aéreas do mundo todo. Infelizmente!

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